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quarta-feira, 27 de outubro de 2010

"O exercício do amor verdadeiro não pode cansar o coração". (Emmanuel)

No capítulo 11, item 9, de "O Evangelho segundo o Espiritismo", elaborado por Allan Kardec, encontramos belíssima mensagem do Espírito Fénelon sobre o amor, como lei divina: "O amor é de essência divina. Desde o mais elevado até o mais humilde, todos vós possuís, no fundo do coração, a centelha desse fogo sagrado.".
Como sentimento divino que é, o amor está na base de todos os ensinamentos de Jesus, que o coloca como condição básica de nossa felicidade, presente e futura. Tão importante é esse sentimento que Jesus o recomenda até para os nossos adversários e inimigos, deixando claro que Deus ama a todos indistintamente ao dizer que "faz o seu sol nascer sobre bons e maus, sobre justos e injustos".
Ao afirmar que o amor, como semente divina que todos possuímos, é encontrada em todos os seres, desde os mais primitivos até os mais espiritualizados, isso significa que esse sentimento apresenta vários níveis, conforme o grau de evolução de cada ser. Passando por várias experiências, em múltiplas existências, esse sentimento vai se aperfeiçoando.
Analisando o amor pelo aspecto evolutivo, podemos encontrá-lo nos seguintes níveis:
1. O amor no estágio infantil. É aquele que não cogita em amar mas sim em ser amado, ser cuidado, ser amparado. É o nível que está mais próximo do instinto de sobrevivência, dependendo de alguém que o proteja e ampare. É o que encontramos nos primeiros anos de existência das crianças. No entanto, há pessoas que atravessam toda uma existência nesse padrão evolutivo, tudo querendo receber de amores e cuidados, nada oferecendo em troca.
2. O amor no estágio egoísta. Esse nível se confunde com o anterior. É mantido pela exagerada importância que a pessoa faz de si mesma, colocando-se como o centro das atenções. Ela ama mas, o mais importante, é o que ela sente ou deseja, e não o que a pessoa amada sente ou deseje. Infelizmente, a maioria de nós ainda apresenta esses dois níveis.
3. O amor amadurecido. As pessoas que já atingiram esse nível colocam o outro como o ser mais importante. Já sabem compartilhar, repartir, conceder, dimensionar as necessidades daqueles a quem amam. Não se sentem diminuídos, nem humilhados, ao ceder em favor da felicidade de seus amados. Preocupam-se mais em amar do que sentirem-se amados.
Não há uma linha divisória entre esses níveis. Em nossas relações habituais, no dia a dia, seja em família, no trabalho ou na vida social, eles se confundem, conforme as situações enfrentadas ou as pessoas com quem nos relacionamos. Resta saber, portanto, qual desses três níveis é que mais nos caracteriza.
Mas ainda há um quarto nível de amor: aquele exemplificado por Jesus. É o nível mais alto a ser atingido. Jesus era o próprio amor, amadurecido, gerando frutos, deixando sementes...Ele é a própria mensagem de amor... Esse é o nível ao qual devemos aspirar.
Verificando na frase de Emmanuel que somente o amor verdadeiro não se cansa, isso significa que, ao nos sentirmos cansados diante de alguma situação ou alguém, precisamos analisar se o sentimento que nos move em relação a esse alguém ou a essa situação é o amor verdadeiro. Somente esse sentimento, de natureza divina, é que nos dará a coragem necessária para continuarmos em frente, até que tudo se equilibre, em nós e ao nosso redor. O amor verdadeiro deve ser a motivação maior de nossa vida!
Nenhum outro sentimento é tão cantado e versejado! Entre tantas rimas e frases, destacaremos uma do músico e compositor Almir Sater, em um de seus sucessos mais recentes: a música "Tocando em frente". No seu refrão há um trecho que afirma:  "É preciso amor pra poder pulsar". Grande verdade! O amor é isso mesmo! Uma energia que pulsa dentro de nós! E tudo que pulsa produz vibrações; e tudo o que vibra, irradia; e tudo o que irradia, atrai; e tudo o que atrai, impulsiona! Grandes verdades, tanto no aspecto moral como no filosófico e, nesse caso, inclusive no aspecto científico!
Sendo assim, analisemos se estamos colocando o amor verdadeiro em tudo o que fazemos, seja no campo familiar, como no profissional, entre amigos e colegas, na vida social...
Relembrando a doce Madre Teresa de Calcutá: "Não importa o que você faz, nem quanto você faz; o que importa para Deus é quanto de amor você coloca naquilo que faz!".
"A mais bela da todas as coisas" - (Madre Teresa):
E um clipe da música "Tocando em frente":
(Tema apresentado na reunião pública do dia 25 de outubro de 2010)

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Somos espíritos eternos: o que temos feito por nós mesmos nesse sentido?

Já perceberam como é difícil responder à pergunta "quem sou eu?". Para responder, buscamos identificar em nós, possíveis qualidades e/ou defeitos: sou paciente, sou ansioso, etc.; ou então, nos identificamos pela atividade profissional que exercemos; outras vezes, utilizamos nossa filiação: sou filho de fulano, neto de sicrano, etc.; e às vezes, nos identificamos pelo estado civil: casado, solteiro, etc...
No entanto, nenhuma dessas respostas vai ao fundo da questão. O correto seria perguntar "o que somos?". E chegaríamos à uma descoberta incrível: somos espíritos! E, no momento, espíritos encarnados! Mas isso nos leva à outra dúvida: "o que é o espírito?".
Essa foi uma das mais de mil perguntas que Allan Kardec fez aos Espíritos Superiores.  E a resposta foi anotada e incluída em sua primeira obra: "O Livro dos Espíritos". É a pergunta 23, cuja resposta é profunda: - "Os espíritos são os seres inteligentes do Universo.".  Eles esclarecem que fomos criados simples e ignorantes, isto é, simples em relação à forma física e ignorantes em relação às Leis Divinas. Isso significa que, desde o momento em que fomos criados por Deus, num momento longínquo que não conseguimos compreender e nem determinar, teríamos pela frente um longo percurso a fazer,  impulsionados pela Lei do Progresso, até atingirmos o estado atual. Mas ainda nos falta muito até alcançarmos o aperfeiçoamento máximo, em direção ao Criador!
Ao longo de nossa trajetória evolutiva, atingimos a idade da razão, já reencarnando como seres humanos, a cerca de 40 mil anos. Durante esses milênios, o ser humano tinha apenas três preocupações básicas: comer, dormir e se reproduzir. Embora dotados de razão, já com possibilidade de escolher entre o certo e o errado, o bem e o mal, fomos acumulando mais erros do que acertos, na busca da satisfação dessas necessidades.
Embora sejamos bilhões de criaturas aqui na Terra (encarnados e desencarnados), Deus cuida de nós como se fossemos únicos! É imenso o cuidado que Ele tem por todos nós! E não podemos nos esquecer que o mesmo amor que Ele tem por nós, tem igualmente por todos os seres da Criação! Não há privilégios, nem méritos sem conquistas! O que nos diferencia uns dos outros, perante o Criador, são nossas ações!
Quando Jesus se reportou aos mandamentos das Leis de Deus (não são mandamentos, mas sim, ensinamentos!), Ele assim se pronunciou: "Amarás o Senhor teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento. Esse é o maior e o primeiro mandamento. E o segundo, semelhante a este é: amarás ao teu próximo como a ti mesmo."
Identificamos nessas palavras três tipos de amor: o amor a Deus, o amor ao próximo e o amor a nós mesmos. O amor por nós mesmos é o ponto básico para que possamos amar nosso próximo. Se somos  infelizes com nós mesmos, dificilmente saberemos fazer alguém feliz. No entanto, que sensação maravilhosa quando estamos de bem com nós mesmos, satisfeitos com o que somos e com o que fazemos, em paz com nossa consciência, felizes por termos feito o máximo e o melhor possível ao nosso alcance, sem prejudicar a ninguém! São essas pessoas a que se refere Jesus em seus ensinamentos; são essas as pessoas capazes de  proporcionar aos outros o bem que já conseguem fazer por si próprias!
Sabendo agora que somos espíritos eternos, o amor por nós mesmos ganha outro significado. Não se trata apenas dos cuidados de ordem material, necessários e passageiros,  mas sim, os cuidados de natureza espiritual.
O Espírito Emmanuel diz que "podemos escapar da morte, mas não conseguiremos escapar da vida!"Sendo assim, vale a pena fazermos a nós mesmos essa pergunta: o que tenho feito por mim mesmo, como espírito eterno que sou?
Deus nos ama profundamente e, apesar das nossas imperfeições, somos importantes para Ele. Se não fosse assim, Ele não nos teria criado, já que Ele não faz nada que não tenha uma finalidade útil. Somos importantes para Ele e, embora sejamos imperfeitos ainda, a felicidade de alguém pode estar em nossas mãos... 
Assista o vídeo abaixo e descubra o que você pode fazer por si mesmo!
(Tema apresentado na reunião pública do dia 18 de outubro de 2010)

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Intolerância: não embarque nessa onda!



Por que somos tão intolerantes? Por que sentimos tanto prazer em comentar o lado desagradável de pessoas e situações? Por que enxergamos tão bem o cisco no olho do nosso vizinho e não enxergamos a trave no nosso? Por que exigimos perfeição dos que nos rodeiam e somos complacentes com nossos abusos?
Sentiu dificuldade em responder a essas questões? Não se impressione! Isso não acontece somente com você! E sabe por que ainda somos assim? Porque ainda predomina em nós o orgulho, que nos leva a dissimular nossos próprios defeitos! E a vaidade, que os disfarça de mil modos!
Estamos vivendo um momento delicadíssimo no que diz respeito a intolerância. Mas quando tratamos desse assunto, não estamos nos referindo apenas a intolerância social, política, religiosa, entre povos e nações. Estamos falando da intolerância que sai de nós mesmos em direção aos nosso semelhante, ao nosso próximo mais próximo, em todo e qualquer momento, seja onde for que estejamos.
Allan Kardec, que atuou como professor dos 19 aos 50 anos de idade, tinha uma preocupação enorme com as atitudes dos pais e educadores, das pessoas em geral, em relação aos jovens e crianças. Dizia ele que, uma palavra mal colocada por causa de um gesto de intolerância poderia por a perder todo o processo de regeneração de um ser.
No sermão da montanha, Jesus encorajou, enfaticamente, os mansos e pacíficos, isto é, os cultivadores da serenidade e da paciência; encorajou igualmente os pacificadores, ou seja, aqueles que promovem a paz. Encorajou-os para que continuassem com aquela postura, para que não desanimassem diante da dureza do coração humano e das dificuldades da vida, pois se assim fizessem, sairiam vitoriosos, dignos de merecerem o "Reino dos Céus".
Paciência significa "paz em nós". Se não conseguimos cultivar e promover essa paz em nós mesmos, dificilmente a aplicaremos em relação aos outros.
Estamos vivendo uma onda de intolerância, em todos os setores da atividade humana: no lar, no ambiente de trabalho, no trânsito, nas filas de bancos e supermercados, no meio social...
Não embarque nessa onda! Se a situação estiver extremamente complexa e perturbadora, ao invés de se render a qualquer gesto de intolerância, ligue o alerta:
S.O.S. = Silêncio. Oração. Serviço.
Se a intolerância tem sido uma prática constante em sua vida, faça algo em favor de si mesmo para não se deixar arrastar por ela! Quando puder e se quiser, assista o vídeo abaixo, sobre a mensagem  "Calma" do Espírito André Luis, pela psicografia de Francisco Cândido Xavier. Que ela possa lhe proporcionar conforto e bem estar!



(Tema apresentado na reunião pública do dia 11 de outubro de 2010)

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Locais relacionados a Allan Kardec, em Paris

Rue de la Harpe: onde Kardec residiu quando retornou a Paris, com 18 anos, em 1822, após terminar seus estudos em Yverdon, na Suiça.

Rue de Sévres: onde Kardec fundou o Instituto Técnico Rivail, localizado no edifício de número 35, o qual funcionou de 1826 a 1834. Chegou a residir no Instituto junto com sua esposa.

Rue des Martyrs: Kardec e sua esposa residiram nessa rua no prédio de número 8. Foi nesse local que ele escreveu sua primeira obra espírita "O Livro dos Espíritos", em 1857. Realizava reuniões em seu apartamento, onde compareciam em torno de 20 pessoas.

Rue Tiquetone: onde residia a Sra. Ruth Celine Japhet, sonâmbula. Kardec a consultou quando teve problemas na visão, correndo o risco de ficar cego.

Rue de la Grange-Bateliére: onde residia a Sra. Painemaison, que realizava reuniões com as "mesas girantes" em sua residência. Foi aí que Kardec assistiu, pela primeira vez, a uma reunião de manifestações de Espíritos.

Rue Rochechouart: onde residia a família Baudin, sendo médiuns as meninas Caroline e Julie Baudin, com 16 e 14 anos. Foi aí que Kardec começou a organizar as informações reveladas pelos Espíritos durante as reuniões.

Palais Royal: No dia 1 de abril de 1858, Kardec fundou a Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas, que realizou suas atividades durante dois anos, provisoriamente, nas galeiras Valois e Montpensier, localizadas nos prédios do Pallais Royal.


Rue Sainte Anne: Kardec transferiu a sede da SPEE para essa rua, na Passagem Saint Anne, localizada no número 59, a partir de 1860. Também passou a residir nesse local, para onde transferiu também o escritório da "Revista Espírita".

Rue de Lille: Local para onde foi transferida a Livraria Espírita e o escritório da Revista Espírita, em 1869. Essa rua é uma das laterais do famoso Museu D'Orsay. Kardec desencarnou enquanto fazia as arrumações para a mudança, no dia 31 de março do mesmo ano.

Villa de Ségur, na Avenida Ségur: nesse local, situado atrás do Museu dos Inválidos, Kardec havia adquirido uma área de 2600 m², com o objetivo de transferir sua residência para essa região. Divida seu tempo entre as atividades na Passage Sainte Anne e a residência em Segur. Foi aí que ele escreveu sua quinta obra, "A Gênese".

domingo, 3 de outubro de 2010

3 de outubro: aniversário de nascimento de Allan Kardec - um homem de bem

Allan Kardec (Lyon-1804, Paris-1869)

Nascido em Lyon, França, em 3 de outubro de 1804, numa família respeitável pelas suas virtudes, ele recebeu dos pais uma educação aprimorada. Pode-se dizer, portanto, que o meio foi o mais propício para o desenvolvimento de suas boas tendências. Todas as qualidades morais, que concorrem para formar o homem de bem, foram logo desabrochando no jovem Hippolyte Rivail e constituíram sempre o fundo de seu caráter.

Quando tinha 50 anos de vida é que começou a estudar as manifestações dos espíritos; era já um homem experimentado nas lutas da vida, mas sempre guiado por uma consciência reta. O Espiritismo não lhe veio trazer a transformação súbita do caráter, não veio modificá-lo de chofre, dando-lhe imediatamente qualidades que não possuía. Já o encontrou, por assim dizer, formado. Ele já era um espírito evoluído, com longas experiências e missões de outras vidas, perfeitamente aparelhado, portanto, para desempenhar a nova missão que trazia.

Na vida, a coragem nunca lhe faltou. Ele não desanimava nunca. A calma foi sempre uma das feições mais salientes de seu caráter. Ficando logo arruinado, perdendo toda a sua pequena fortuna no começo da vida, sempre exercitando a caridade, e, já casado com a mulher, que foi depois incansável na propaganda de suas ideias, ele consegue por meio de um labor obstinado readquiri-la quase toda no ensino, escrevendo ao mesmo tempo trabalhos didáticos, fazendo traduções de obras estrangeiras ou preparando a escrituração de estabelecimentos comerciais. Ainda assim, não lhe faltava a coragem para fazer benefícios à mocidade pobre, abrindo cursos gratuitos de ciências e línguas. Era essa mesma coragem que ele devia mostrar mais tarde, no momento tempestuoso da formação da doutrina, recebendo sempre com a maior serenidade, sem nunca revidá-los, os ataques mais veementes dos adversários, as injustiças e as ingratidões dos amigos. As cartas anônimas, as traições, os insultos e a difamação sistemática, perseguiram esse homem laborioso. Tudo, porém, ele sabia perdoar.

De um humor às vezes alegre, mas brilhante, tinha um talento especial para distrair os amigos e convidados, que os tinha sempre em casa, dando algumas vezes certo encanto às reuniões. Quem contempla seu retrato não pode ter a idéia do que foi seu caráter, não pode imaginar que naquela figura vigorosa, de fisionomia tão austera, aparentando antes uma rigidez exagerada de sentimentos, pouco disposta a perdoar faltas, se escondia uma alma tão boa, tão simples e tão generosa.

O princípio, enfim, que constitui para o Espiritismo o fundamento de sua moral: “Fora da caridade não há salvação”, pode-se garantir, foi sempre a sua bandeira. “Faço o bem quanto o permitem minhas condições, já dizia ele num antigo documento encontrado entre seus papéis, presto os serviços que posso, nunca os pobres foram enxotados de minha casa, nem tratados com dureza, antes são acolhidos com benevolência. Continuarei a fazer o bem que me for possível, mesmo aos meus inimigos, porque o ódio não me cega, estender-lhes-ei sempre as mãos para os arrancar aos precipícios, quando para isso se me oferecer ocasião."

(Fonte: Allan Kardec e o Espiritismo - autoria de Chrysanto de Abreu)